Ao contrário do que pensa a maioria das pessoas, as aranhas não são insectos. Distinguem-se facilmente destes por possuírem oito patas e pela ausência de antenas (os insectos adultos têm frequentemente três pares de patas e um par de antenas). As aranhas fazem parte de um grande grupo do filo dos artrópodes designado por “aracnídeos” ou “quelicerados”, no qual se incluem também os escorpiões, as carraças e os ácaros.
São conhecidas perto de 800 espécies de aranhas no país (perto de 1000 se incluirmos Açores e Madeira). Destas, apenas duas podem causar algum tipo de condição médica: a viúva-negra Mediterrânica (Latrodectus tredecimguttatus) e a aranha-violino (Loxosceles rufescens). Ambas são relativamente comuns em quase todo o país, sendo a segunda comum inclusivamente em ambiente urbano.
Há dúvidas sobre a origem das aranhas. Certamente elas originaram-se no mar, e acredita-se que a aparência de seu ancestral não fosse muito diferente de um caranguejo. Pesquisas recentes mostram que os aracnídeos evoluíram em dois grupos: os que têm músculos extensores nas patas e os que não têm.
Os artrópodes possuem esqueleto externo -- exosqueleto, uma estrutura dura, quitinosa, que reveste seu corpo. Os aracnídeos são artrópodes sem antenas, com quatro pares de patas torácicas e um par de palpos. Respiram por meio de filotraquéias, pulmões foliares, como páginas de um livro. Seu corpo é dividido em cefalotórax e abdômen. As aranhas se distinguem de outros aracnídeos por terem a cabeça e o tórax separados do abdômen por uma estreita cintura.
Todas as aranhas possuem glândulas produtoras de veneno, porém muito poucas são perigosas para os humanos. As aranhas são carnívoras e alimentam-se apenas de líquidos: elas cospem, exsudam ou injetam sucos digestivos em suas presas e depois sorvem o caldo resultante.
Envie-nos um resumo do que necessita e entraremos em contato o mais rápido possível.